terça-feira, setembro 29, 2015

transparências...


                     
                     
há felicidade dentro de mim
consigo dividi-la em várias prateleira da vida
tento voar em todas as caminhadas,
voar como se os meus pés tivessem asas
                 
sei que estás, mesmo ausente
essa ausência é a força de um recordar
é a serenata do Bolero de Ravel
como um fruto agridoce, rasgado no desejo
                        
hoje conjuguei o verbo felicidade
tempo após tempo, de uma brisa suave
hoje ouvi o sussurro da tua voz
longe de um entardecer tão nosso
                    
há sonho de fantasia nas gotas de orvalho
e o vento trouxe a minha felicidade
cantada com a verdadeira sobrevivência
de um sorriso recuperado.
        
num começo rabiscado
existe a transparência interditada...
                               
                   
helena maltez

2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

o poema começou muito bem:

há felicidade dentro de mim

e isso é tudo o que precisamos para viver!

um belo poema que gostei!

boa semana.

beijinho

:)

Jaime Portela disse...

Olá Lena, gostei que tivesse voltado a publicar. Espero que desta vez tenha vindo para ficar...
Não me conhece (ou antes, conhece o meu pseudónimo, entretanto extinto), mas eu conheço a sua poesia desde 2005. E sempre gostei muito do que escreve.
Lena, desejo-lhe uma óptima semana.
Abraço.

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